quinta-feira, 6 de novembro de 2008

butterflies on my belly

Sem pensar mais do que na assunção deste rubor, desfolha-se uma vergonha-menina que se traz com o mesmo conforto das pantufas de casa. O frio que passa é o de um leve sopro prenunciado pelo corpo. Sabe às coisas de bom sabor, como todas elas devem saber... o "quanto baste" de doce que eleva a língua ao céu da boca.
Os dedos conversam entre si, em movimentos de ansiedade como se tocassem pela primeira vez. Descobrem-se, revelam-se e desenham palavras que ecoam baixinho, num perlongamento da eterna fracção de segundo entre o sono e o despertar.
O sonho dos felizes pode ser este: estar em sítio nenhum, disperso e livre, suspenso pelo ar que respiras.

2 comentários:

Jota Hemme e Hesse disse...

Qual será o sonho dos que já são felizes?

Beijo e nunca limpes a tinta*

Jorge disse...

E quem são os felizes? Os que, chegados a sítio nenhum, buscam sítio algum?

Ou tão somente os apaixonados, como tu?

Escreves bem, mulher!