Sem pensar mais do que na assunção deste rubor, desfolha-se uma vergonha-menina que se traz com o mesmo conforto das pantufas de casa. O frio que passa é o de um leve sopro prenunciado pelo corpo. Sabe às coisas de bom sabor, como todas elas devem saber... o "quanto baste" de doce que eleva a língua ao céu da boca.
Os dedos conversam entre si, em movimentos de ansiedade como se tocassem pela primeira vez. Descobrem-se, revelam-se e desenham palavras que ecoam baixinho, num perlongamento da eterna fracção de segundo entre o sono e o despertar.
O sonho dos felizes pode ser este: estar em sítio nenhum, disperso e livre, suspenso pelo ar que respiras.
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2 comentários:
Qual será o sonho dos que já são felizes?
Beijo e nunca limpes a tinta*
E quem são os felizes? Os que, chegados a sítio nenhum, buscam sítio algum?
Ou tão somente os apaixonados, como tu?
Escreves bem, mulher!
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